Cara leitora, caro leitor,
No momento em que você abrir este e-mail, é possível que eu já esteja em solo nova-iorquino.
Faz pouco mais de dez anos desde a primeira vez que pisei na cidade que nunca dorme.
Era um sonho antigo. Peguei o avião sozinha até a terra do Tio Sam, mas pouquíssimas horas após aterrissar encontraria dois dos melhores amigos que a vida em Porto Alegre me deu.
Era cedo pela manhã e eu ainda não tinha tomado café. Deixei as malas no depósito do hotel (o check-in era só à tarde) e parti em busca do encantador oficial de taurinos: comida.
Perto do hotel, um café de esquina oferecia tudo e mais um pouco para a refeição que muitos americanos consideram “a mais importante do dia”: omelete, frutas, todos os tipos de café/leite/sucos para beber, bagels, muffins, cookies, sanduíche. You name it.
Pedi blueberry pancakes. Panquecas americanas (dã) com calda de mirtilo. Não é como se não existisse no Brasil, mas, na minha humilde opinião, algumas coisas têm um sabor especial no local onde são mais…corriqueiras, por assim dizer. O dulce de leche uruguaio, o croissant francês, as tais panquecas americanas.
Lembro de ver o prato chegar e pensar “enfim, férias”. Na primeira garfada, avistei pela janela um corre-corre de gente para todos os lados. Não era arrastão, não era emergência médica, era apenas Nova York sendo Nova York: uma cidade urgente.
Talvez seja por isso a fama de nunca dormir?
Eu estava ali, com todo o tempo do mundo - assim como outros milhares de turistas - e vendo aquela gente num passo acelerado, falando pelos fones do celular, com seus iced coffee em mãos, só fui capaz de pensar “que estresse!”.
Mas isso foram apenas primeiras horas do primeiro dia. Depois, reunida com meus amigos, tudo correu maravilhosamente bem. Saí de lá com a sensação de sonho realizado: museus, arranha-céus, Central Park, lojas e comida de rua. Mais um check na minha lista mental de coisas para fazer/lugares para conhecer antes de morrer.
Voltar tantos anos depois faz eu retomar um pouco a sensação de “primeira vez”. Há muita coisa nova para conhecer, um outro tanto a ser revisto. No lugar da companhia dos amigos, estou com meu parceiro de vida.
Entretanto, existe UM momento que dará outro tom a essa viagem.
Mas isso fica para a próxima crônica.
Spoiler: tem a ver com Clarice.
Para avançar na semana
Uma música, um filme, um podcast…uma dica, enfim, para deixar o dia melhor:
Uma série não muito nova, mas que entrou para a minha lista oficial de “coisas para evitar a deprê nos finais de domingo”. Boa trilha, ótimo elenco e tem Nova York como pano de fundo, é claro.
Conheci Nova York ano passado e lembro bem a sensação maluca de pisar no Central Park pela primeira vez, um déjà vu estranho cortesia de tantos filmes e séries que se passaram ali. Nova York tem essa familiaridade né?
Boa viagem, espero que esteja sendo lindo!
me senti viajando junto contigo com essa descrição linda. morrendo de curiosidade pra próxima crônica! ❤ aproveitem a viagem, queridos!